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É de suma importância refletir sobre a evolução da relação entre escritores e textos, leitores e textos e escritores e leitores, pois “o ato de ler evolui”. Compreender a relação histórica entre os suportes de leitura, os leitores e as diferentes maneiras de ler, nos auxiliará no entendimento dos acontecimentos presentes no tocante ao processo de leitura. A passagem da tradição oral para a tradição escrita criou uma nova demanda dos suportes da palavra, tornando-se indispensáveis no processo de comunicação. Ao longo da história da humanidade, verificamos a existência de diferentes materialidades que serviram de suporte para os textos – placas de argila, volumen, códices. A partir do século XIV, uma nova técnica de produzir livros surgiu na Europa, a prensa tipográfica. Na época Contemporânea, surgem novos suportes e formas de representar uma obra, não se restringindo apenas ao livro impresso, encadernado, composto por folhas de papel. Agora, o mundo conhece o livro eletrônico. A leitura de um texto seja ele no formato impresso ou virtual, pode exigir do leitor diferentes estratégias de leitura e cada formato pode mudar a maneira de se ler o texto. O final do século XX e o início do terceiro milênio são marcados por um grande desenvolvimento tecnológico e científico, surgem os conceitos de ciberespaço, cibercultura, hipertexto, navegador e letramento digital. Neste cenário não se pode pensar em práticas de leitura sem buscar a inclusão social e digital especialmente dos leitores com deficiências, portanto, enfocando a acessibilidade. |
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