Controle microbiológico de plantas medicinais adquiridas no comércio formal e informal da cidade de Campina Grande, Paraíba

Abstract

O uso de plantas medicinais acompanha a evolução da humanidade, que buscou na natureza as espécies vegetais mais apropriadas para a cura de seus males. As plantas medicinais podem ser adquiridas em mercados públicos, lojas de ervas, colhidas no campo ou cultivadas em jardins ou hortas, sendo utilizadas de diversas maneiras, principalmente na forma de chá. O modo como as plantas são cultivadas e comercializadas pode comprometer sua qualidade, contaminando-as com impurezas e/ou micro-organismos que podem prejudicar a saúde do consumidor. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de plantas medicinais adquiridas na feira-livre central e no comércio formal da cidade de Campina Grande, Paraíba, quantificando a carga microbiana das amostras e verificando a presença ou ausência de micro-organismos patógenos. As espécies analisadas foram Peumus boldus Molina, Matricaria chamomilla L. e Pimpinella anisum L., selecionadas devido à grande procura por parte da população e pela disponibilidade tanto na feira-livre como no comércio formal. As análises microbiológicas foram realizadas no Núcleo de Pesquisa em Alimentos da Universidade Estadual da Paraíba, de acordo com metodologias preconizadas e adaptadas da Farmacopeia Brasileira, 5ª edição. Das amostras analisadas, 100% apresentaram-se contaminadas por bactérias e/ou bolores e leveduras; em 55% observou-se presença significativa de coliformes totais e em nenhuma delas constatou-se a presença de coliformes termotolerantes e/ou micro-organismos patogênicos. Após realizada a infusão de uma das amostras, observou-se uma redução da carga microbiana quando comparada a análise da mesma amostra in natura, constatando-se assim a eficácia da temperatura na melhora da qualidade microbiológica das plantas medicinais que passarão por processos extrativos a quente.