Resumo:
A Linguagem é, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é a partir dela que permite transcender as nossas experiências. No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca, ele passa a existir para nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamos da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora e entramos no mundo do simbólico. Objetivo geral deste artigo científico é analisar o cultismo no romance urbano Senhora de José de Alencar nos aspectos da sociedade, dos salões no Rio de Janeiro do século XIX. Para tanto, nossa fundamentação teórica baseia-se nos aspectos linguísticos de Lyons (1981), Fiorin (2007), também, os aspectos filológicos de Freire (2008) e Cardoso (2010). A análise mostrou que o livro Senhora (1875), está entre os chamados romances urbanos, os quais tematizam a vida social do Rio de Janeiro no século XIX, por meio do livro podemos ver as mazelas da sociedade capitalista, completos interiores das personagens e a revelação da hipocrisia social é esse o enredo de Senhora, um romance romântico/realista, no qual ilustra o individualismo burguês e a prevalência do amor sacramentado pelo matrimônio e o dinheiro. Na obra podemos perceber que a personagem Aurélia que principalmente por meio do léxico e discursos em meios sociais e físicos, o autor a caracteriza, também, utilizando o estilo culto, ou seja, o cultismo para descreve-la e os espaços que a cerca, assim, evidenciando os valores ideológicos da sociedade na qual faz parte.
Descrição:
PEREIRA, K. K. S. O Cultismo nas páginas de Senhora, de José de Alencar. 2017. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2017.