Resumo:
A Literatura, no viés dos Estudos Culturais e de Gênero, assume um papel importantíssimo para convalidar os ideais de luta contra as ideologias de repressão e de preconceitos que atingem a dignidade dos negros (mais precisamente as mulheres negras), os quais legitimam sua indignação através de Movimentos Sociais, como foram o Movimento Negritude, visando a despertar a consciência negra na população afrodescendente, e o Movimento Feminista no Brasil, que luta pelo protagonismo Feminino nas esferas públicas e pessoal. Nosso trabalho objetiva construir, a partir da leitura literária do cordel, uma pesquisa de cunho bibliográfico, através de consultas e leituras teóricas de livros e textos acadêmicos, em torno dessa problemática da representação e visibilidade da mulher negra na Literatura, através do cordel “Feminismo Negro”, da escritora cearense Jarid Arraes. Além disso, fundamentaremos nossas análises em referências teóricas essenciais no âmbito das discussões acerca do Movimento Feminista, Feminismo Negro, Literatura Afro-Brasileira e Cordel, tais como Arraes (2014 e 2015), Bakhtin (2000), Bernd (1988), Bosi (2013), Carvalho e Rocha (2014), Cordeiro e Barbosa (2015), Coelho e Gomes (2015), Costa (2005 e 2008), Costa (2017), Dalcastagnè (2012), Dias (2010), Foucault (1987), Gomes e Sardenberg (2008), Gonzalez e Hasenbalg (1982), Hooks (2014), Mendes (2009), Nichnig (2009), Pinto (2014), Rozario (2011), Soares (1995), Souza e Lima (2006), Spivak (2010) e Teixeira (2008) que suscitam em seus escritos à problemática da falta de visibilidade do negro, ou mais precisamente, da mulher negra. As conclusões desse trabalho giram em torno das influências da biografia da autora, dos Feminismos e dos recursos históricos e linguísticos na escrita de Jarid para a construção da representatividade da mulher negra.
Descrição:
CONCEIÇÃO, F. W. B. da. Os feminismos e a representação da mulher negra nos cordéis de Jarid Arraes. 2017. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2017.