dc.description.abstract |
O presente trabalho tem como objetivo perceber a partir de entrevistas e questionários, feitas com dois grupos de mulheres negras (Cabelos naturais e Cabelos quimicamente tratados) residentes no município de Arara na PB abordando o cabelo como identidade negra e resistência. Nesta perspectiva, o presente estudo pretende identificar essa relação e saber o sentido que ele representa para essas mulheres negras. Quando resolvem alisá-los ou cuidar deles naturais, significa parte marcante da identidade de si. Percebem-se em alguns relatos, marcas de atitudes racistas, falta de representatividade e conhecimento, que acaba por afetar essas mulheres, fazendo negar o seu pertencimento étnico para assumir um padrão estipulado pela sociedade e considerado mais aceito. Uma pequena porcentagem diz ser feliz com seu tipo cabelo natural e os manipulam de maneira a valorizá-los, nos revelando essa conquista através da boa assimilação do conhecimento. Neste contexto a pesquisa nos mostra que pensar, acerca das mulheres negras residentes naquele espaço, é pensar em desafio, um desafio de reconhecimento e aceitação de suas origens, sendo necessária muita sensibilidade e coragem para captar sua própria imagem frente a si e a sociedade, de superar o racismo, infelizmente, naturalizado na conjuntura atual da sociedade. Mas, a partir deste trabalho, como forma de conhecimento já se começa a abrir novos caminhos, explorando um assunto antes nunca citado neste pequeno espaço. |
pt_BR |