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Sabemos que a língua é um sistema que esta em pleno processo de transformação;
com isso, podemos observar a grande capacidade de variação que ela possui.
Essas variações pertinentes à língua têm sido motivo de resistência e preconceito
por alguns setores da sociedade. Logo, o presente artigo foi desenvolvido com o
objetivo de analisar, tendo a variação linguística como instrumento de estudo, a
questão do preconceito linguístico aliado ao preconceito social, e ainda se (e como)
a escola dissemina a exclusão daqueles cujas práticas sociais e linguísticas não
correspondem à cultura dominante em nossa sociedade. Desta forma, este trabalho
tem como base uma reflexão crítica sobre a questão do “certo” e do “errado” na
língua portuguesa brasileira, cumprindo o papel de informar a todos os educandos e
educadores para ingressarem contra todo tipo de preconceito, seja ele de caráter
linguístico ou social. Este trabalho é resultado de uma pesquisa de revisão
bibliográfica, embasamo-nos principalmente nos estudos realizados por Bagno
(2003; 2006), Bortoni-Ricardo (2004; 2005), Geraldi (1985; 2002) e Gnerre (1998),
trazendo reflexões acerca das relações entre escola, língua padrão e não padrão,
variação linguística e exclusão social, em uma perspectiva de pensar um modo de
levar os educadores a observarem de forma mais atenta a relação da escola com as
questões da desigualdade social e da discriminação por meio da língua. Buscamos,
portanto, que a escola e todas as demais instituições voltadas para a educação,
passem a reconhecer a diversidade linguística de nosso país para melhor
planejarem suas políticas de ação junto à população excluída dos falantes das
variedades não padrão. |
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