Resumo:
Este trabalho tem como objetivo discutir a Filosofia no Ensino Médio homologado pelo Parecer CNE/CEB nº 38/2006 que assegura a inclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia como componentes curriculares obrigatórios. Sente-se que a medida traz várias vantagens para o aprendizado dos alunos, por outro lado, a medida trouxe consigo a necessidade de uma discussão mais aprofundada acerca da natureza da Filosofia e do que se pode esperar dela enquanto disciplina obrigatória para o Ensino Médio. Por outro lado, o problema maior é em relação ao professor de Filosofia, que nunca frequentou um Curso de Filosofia em uma Universidade e aplica a disciplina sem nenhum embasamento ou conhecimento da disciplina. Pesquisas do próprio Ministério da Educação apontam que o problema é mais sério do que se pensa. Sendo papel do docente fazer as mediações necessárias em busca de uma autonomia. E, ao mesmo tempo, valoração do pensamento do indivíduo, com as devidas fundamentações adquiridas pelo conhecer filosófico. Desse modo quando o docente não possui a formação específica, implica-se grandes malefícios para a formação do educando. Temos um ideal que deveria ser alcançado com a aplicação da filosofia em sala de aula, porém o que foi observado está além desses princípios norteadores, pois temos dois enfrentamentos: professores não preparados e alunos com má formação. Sendo assim, o ensino de filosofia deve ser repensado com muita cautela, pois, nos padrões observados pela pesquisa, a situação é crítica e não está sendo efetivado aquilo que as políticas educacionais apresentam para o ensino da mesma.
Descrição:
SILVA, M. R. da. O ensino de filosofia: entre a questão pedagógica e o problema filosófico. 2017. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.