Resumo:
O presente trabalho teve como princípio a etnobotânica, ramo da etnobiologia que investiga os conhecimentos, e uso das plantas nas mais variadas categorias, dentre elas as de uso medicinal e a ação delas no organismo humano. A pesquisa foi realizada no município de Boqueirão, na zona rural do sangradouro, estado da Paraíba e investigou o risco do uso das plantas medicinais no período gestacional: O perigo para a mulher e para o feto. A pesquisa teve como objetivo abordar possíveis usos de plantas por mulheres que frequentam o posto de saúde do sangradouro. Além de averiguar o conhecimento sobre eventuais danos causados pela utilização de plantas com potencial medicinal, especialmente no período gestacional. A pesquisa de caráter quali-quantitativo utilizou como instrumento de coleta de dados questionários semiestruturados aplicados a mulheres acima de 18 anos de idade. Os resultados revelaram que a faixa etária das entrevistadas se encontra entre 18 e 62 anos e que o maior percentual é entre as mulheres de 41 á 50 anos, 95% das entrevistadas admitiu não fazer uso de plantas para provocar aborto. Onze mulheres disseram que a cabacinha é uma planta abortiva. Entre as entrevistadas 30% acreditam que as adolescentes realizam aborto pela falta de preservativos, 25% em casos de estupro e 20% para esconder da família. Com base nos dados é possível concluir que as participantes da pesquisa tinham conhecimento das plantas que provocam, aborto embora apenas 5% delas admitiu já ter utilizado plantas medicinais para realizar aborto.
Descrição:
OLIVEIRA, J. I. O risco do uso das plantas medicinais no período gestacional: O perigo para a mulher e para o feto. 2016. 39f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.