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O presente trabalho, de caráter bibliográfico, tem como objetivo discutir a figuração da infância no conto “O Meninão do Caixote” de João Antônio, atentando para a vulnerabilidade social da criança diante da exploração dos adultos, da ameaça do tráfego de drogas, do abuso sexual e do vício do jogo. A história do menino se confunde com o drama de muitas crianças que vivem em situação de perigo e abandono nas ruas dos grandes centros urbanos. Atraído pela malandragem, o garoto passa a experienciar as mais estranhas atividades do mundo dos adultos. A trajetória de o Meninão do caixote é marcada pelos conflitos com a mãe, uma mulher batalhadora e autoritária, e pela ausência do pai, um caminhoneiro que fica muito tempo longe da família. Carente da presença paterna, o moleque é seduzido pela malandragem de Vitorino, um experiente jogador de sinuca, e se torna tão bom no jogo de bilhar quanto os seus exploradores. O embasamento teórico que orientou esta pesquisa tem em Oliveira e Pereira (2003), Martin (2008), Arêas (1999), Candido (1999) e Figueredo (2007) as principais referências. A leitura do conto sinaliza a expressiva fragilidade da criança diante da sedução do adulto, a carência, a evasão e as frustrações humanas, mas também revela que os laços afetivos, o amor materno, podem resgatar e salvar vidas inocentes. |
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