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A escrita é uma forma de interação social, envolve o domínio de habilidades distintas. Por isso, pode ser considerada uma atividade complexa, que se caracteriza pelo uso de aspectos relacionados à estrutura textual (como sinais gráficos, domínio da variedade lingüística exigida em cada situação e planificação), e exige um processo composto de várias etapas: textualização, avaliação, revisão e reescrita. Considerando então, essa complexidade, o ensino e a avaliação da produção textual não deveriam ser realizados de maneira a priorizar exclusivamente o ensino da norma gramatical, marcando apenas os desvios gramaticais, pois tal enfoque por si só não favorece a compreensão da dinâmica que esta atividade requer para o efetivo desenvolvimento da escrita do aluno em situações sociais de uso da língua. Eis que surge o propósito da nossa pesquisa, que consiste em estudos de casos sobre a prática de ensino e avaliação da produção de textos realizada por professores do ensino médio de uma escola pública no município de Serra Branca–PB, com o objetivo de observar as concepções de escrita e avaliação desses professores, subjacentes à sua prática em sala de aula. Elegemos como corpus de nossa pesquisa a aplicação de um questionário com os professores, e a analise de produções textuais corrigidas por esses docentes. A partir dos questionários refletimos sobre metodologia de ensino da escrita, dificuldade dos alunos em produzir textos e a importância da avaliação e da reescrita no processo de aprendizagem da produção textual. Através das redações, analisamos os tipos de correções adotadas pelos professores e qual a contribuição para que o aluno possa reescreve o seu texto e aperfeiçoar a sua capacidade comunicativa. Assim, apresentamos uma ampla reflexão, sobre o ensino da escrita; da proposta de produção textual à etapa da reescrita, tomando como base a teoria de Ruiz (2010), que define quatro tipos de correções; indicativa, resolutiva, classificatória e textual-interativa, intervenções possíveis de serem realizadas pelos professores como estratégias de avaliação textual do aluno. Esperamos refletir sobre as possíveis contribuições que estas representam para a melhoria do processo de escrita na escola, com vistas a despertar no discente o gosto pela produção dos gêneros textuais e o domínio do uso da língua em situações sociais efetivas. |
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