Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo empreender uma análise do romance “As doze cores do vermelho”, de Helena Parente Cunha (2009). Para tanto, realizamos discussões tomando como aporte teórico estudos de Guattari (2011), Rolnik (2011), Foucault (2004), entre outros. Partindo da ideia de que a relação do ser humano consigo mesmo, com o outro e com o mundo é socialmente constituída, procuramos desconstruir a ideia de que existiria uma essência inerente a todas as pessoas, de forma universal. Desta maneira, entramos no campo da Subjetividade dominante, aliada ao sistema capitalista, que busca tornar todos os indivíduos modelizados e subjugados ao seu domínio, por meio da propagação da cultura de massa. Em contraposição a esta forma de dominação, existe a tentativa de fugir ao padrão estabelecido socialmente, criando novas e diferenciadas formas de existência, através dos processos de singularização da Subjetividade. É no conflito entre estes dois polos que encontramos a protagonista de “As doze cores do vermelho” (2009), dividida entre viver da forma que lhe foi ensinada, dentro dos moldes instituídos, ou de acordo com a vida que escolheu para si, tendo a ousadia de singularizar sua própria Subjetividade. Diante da impossibilidade de viver plenamente sua singularidade, a personagem oscila entre esses dois extremos não conseguindo situar-se inteiramente em nenhum deles. Esta fragmentação entre os dois lados e a infrutífera luta por autonomia conduzirão a personagem a um esgotamento existencial, em que perceberá, por fim, que nunca pertenceu a nenhum dos lados. construção das Subjetividades, ressaltando que há uma forma padronizada de
Descrição:
SOUZA, C. C. Mulher, arte e subjetividade em "As Doze Cores do Vermelho" de Helena Parente Cunha. 2013. 48f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português)- Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2013.