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Maquiavel, com seu olhar atento aos fatos históricos e à prática com a coisa pública, inicia um estudo do qual obtêm como resultado algo inédito, até então, de modo franco e sem hipocrisias, faz uma análise da prática política tal como ela é, sem fantasias abstratas e idealistas, acerca de como ela deveria ser, pautada na realidade. Maquiavel consegue enxergar através da história aliada a prática que: as ações políticas seguem uma ética própria com mecanismo e regras particulares distintas, flexível e moldada às necessidades do caso concreto da “ética dos governantes”. O Príncipe de Maquiavel que foi inicialmente dirigido ao Soberano que traria a autonomia e paz na Península Itálica, pode ser perfeitamente compreendido como um manual que apresenta lições sobre como deve agir e comportar-se este Soberano de virtù em uma empreitada com o intuito de unificação da Itália aproveitando a fortuna daquele período específico da História. O governante deverá usar todos os meios disponíveis e favoráveis para tal fim. No entanto alguns ensinamentos foram e são mal interpretados ao ponto de gerarem tanta polémica. Na época, os mais ricos acharam que, O Príncipe, era para ensinar, os governantes como tirar deles toda a riqueza, e os mais pobres julgaram, como um documento destinado a orientar os ricos a tirar-lhes a liberdade. Este trabalho não tem a pretensão de discorrer de forma conclusiva sobre o pensamento de Maquiavel, mas de fazer uma breve explanação de conceitos tendo como lastro os capítulos XVII e XVIII do livro O Príncipe, como de ensinamentos e aplicação de técnicas que o filósofo italiano aborda sobre como alcançar e manter o poder, além de mostrar a tese do filósofo. É certo, que, até hoje, ele serve tanto de manual de instruções ou livro de cabeceira para aos governantes; como também, permite às camadas populares obterem uma melhor percepção e compressão da dinâmica política. |
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