Resumo:
O presente artigo busca apresentar uma leitura da interpretação de Heidegger a partir do modo com a qual Hegel interpreta a filosofia grega, bem como suas observações a respeito do que faltou a este ultimo filósofo interpretar. A presente abordagem se norteia a partir da Conferência de 26 de julho de 1958, intitulada “Hegel e os Gregos”. Para Heidegger é com os gregos que a filosofia se inicia, ganha sentido originário, o filósofo observa também tal reconhecimento deste início em Hegel, através do olhar deste para com os antigos. Porém, coube a Heidegger pensar o impensado em Hegel, o que ele deixou ainda vago, nas entrelinhas de sua interpretação da filosofia grega. É a partir da volta a tradição que Heidegger vê a filosofia consumada em Hegel, por estar inserida em uma época, que já se nota uma decomposição de seus sentidos originários. Tal tradição serviria, portanto, de auxilio na questão esperada; a do pensamento. Heidegger atenta para a questão do pensamento mediante análise do que foi em Hegel esquecido, na linha da filosofia grega. E é mediante tal afirmação, no que diz respeito ao esquecido e ao impensado da Alétheia, que a filosofia ainda see mantém no “ainda não”, pois o que antecipa a história da filosofia – a Alétheia – se mantém ainda impensada, e sendo por vezes confundida com verdade enquanto certeza. Heidegger aponta na presente conferência a importância de se voltar ao impensado, pois é este impensado que se configura aí como a questão fundamental; a do pensamento.
Descrição:
BEZERRA, M. A. S. O impensado em Hegel: Heidegger, Hegel e os gregos. 2017. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.