Resumo:
Nossa pesquisa examina a gênese da injustiça (adikían) na alma (psyché) humana, assunto este que Platão apresenta na República quando discute sobre a degenerescência das formas de governo e aponta o governante tirânico como o homem mais injusto e infeliz (República IX, 578b; 579c-d). Nossa hipótese surge a partir da compreensão de que, para o filósofo, há relação entre a alma dos indivíduos com as formas de governo (República VIII, 544a; IX 577d), reflexão que recai na discussão sobre as três partes da alma, onde a injustiça é definida por Platão como uma desarmonia provocada pela guerra interna (stásis) entre as partes da alma (República IV, 436e); e nos livros VIII e IX quando Platão afirma que o tirano é “o homem que governa mal o seu íntimo” porque carrega a injustiça na alma e leva a cidade que governa à ruína (República IX, 579c- d).
Descrição:
SILVA, H. C. da. Com a injustiça na alma: uma leitura na república de Platão. 2017.34f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.