Resumo:
O Ministério da Saúde afirma que 3% da população brasileira sofre com transtornos mentais graves e persistentes. A prescrição de medicamentos é parte fundamental na gestão clínica desses transtornos, entretanto, cerca de 50% dos pacientes não seguem o tratamento como prescrito. As razões para a não adesão incluem a experimentação de reações adversas aos medicamentos, o estigma enfrentado na comunidade, a falta de compreensão da patologia e da importância dos medicamentos. Objetivo: Avaliar a adesão medicamentosa de usuários acompanhados por um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Campina Grande. Metodologia: Tratou-se de um estudo longitudinal, prospectivo, com análise quantitativa de dados coletados entre abril e agosto de 2017. Foi utilizado um Formulário de Avaliação Farmacoterapêutica, que incluiu o Beliefs About Medicines Questionnaire (BMQ). A análise dos componentes principais (ACP) e a confiabilidade do BMQ foram realizadas. Resultados: 33,3% dos usuários (n=11) eram esquizofrênicos, e 30,3% (n=10) possuíam algum transtorno de ansiedade. A ACP do BMQ revelou dois fatores para a amostra total, e o teste apresentou um alfa de Cronbach de 0.80 (IC95% 0,7;0,9). A média do quociente N/P foi de 1,6; entretanto, a necessidade de tomar os medicamentos e os efeitos que eles causam foram as principais preocupações reveladas. Conclusão: Foi indicada uma tendência a aderir ao tratamento (N/P>1,0), entretanto, as principais preocupações podem colaborar com a não adesão, sendo necessária a incorporação de estratégias associadas à redução das preocupações relacionadas ao tratamento medicamentoso no CAPS.
Descrição:
CORDEIRO, G. B. C. Adesão medicamentosa em usuários de um centro de atenção psicossocial. 2017. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.