Resumo:
Como sabemos, as funções sociais do ser feminino frente à sociedade sofreram mudanças significativas, e não podemos imaginar a mulher contemporânea revestida da mesma carga ideológica de mulheres que viveram há 300 anos, por exemplo. Por isso, fazendo uso de uma metodologia descritiva e analítica, e partindo de uma análise discursiva e semiológica, tivemos como principal objetivo de nosso trabalho, investigar se as propagandas de carros que são veiculadas em algumas revistas de grande circulação nacional, nas duas últimas décadas, reforçam o estereótipo da mulher dona de casa ou a ideia de autonomia feminina. Para nossa fundamentação teórica, usamos principalmente nomes como Foucault (1990, 2001) e Pêcheux (1996, 1997), também Orlandi (2013) e Dantas (2007), ambos estudiosos da Análise do Discurso. Para tratar da figura feminina ao longo da história, nos apropriamos dos estudos de Gilles Lipovetsky (1997) e de Simone de Beauvoir (2016). Por fim, constatamos que apesar das propagandas de carros serem usadas, em sua grande maioria, para reforçar o ideal da soberania masculina, o sujeito-mulher enquanto indivíduo autônomo e que possui poder de compra, tem sido a nova aposta das indústrias para alavancar suas vendas, visto que hoje a mulher pode, assim como o homem, se colocar como consumidora dos mais diferentes tipos de produtos, no nosso caso, dos automóveis.
Descrição:
SILVA, C. M. da. Do privado ao público: o lugar do sujeito-mulher nas propagandas de carro. 2017. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2017.