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A indisciplina tem sido, na atualidade, um dos fatores mais prejudiciais ao processo de ensino-aprendizagem. Observamos que as posturas de determinados alunos em sala de aula têm produzido descontrole emocional e desgastes físicos nos professores. As queixas apontam para uma necessidade de intervir no intuito de transformar essa realidade. Deste modo, considerando que há poucos trabalhos sobre o tema, este estudo tem como principal objetivo analisar como a concepção da aprendizagem de Paulo Freire e Lev Vygotsky nos permite pensar a indisciplina. Partimos do pressuposto que é relevante aprofundarmos teoricamente as análises acerca da indisciplina, na tentativa de pensarmos estratégias de enfrentamento dos problemas que atravessam a vida escolar. Como aporte teórico, utilizamos a abordagem sociointeracionista de Vygotsky, a partir das elaborações de Rego (2003), Oliveira (2010) e a Pedagogia da Autonomia de Freire (2011), mas também recorremos a outros teóricos como: Aquino (1996), Eizirik (2001) e Trevisol (2007). Freire e Vygotsky apresentam similaridades em suas concepções quando destacam que a escola é desvinculada da realidade dos alunos e, portanto, apresenta uma prática pedagógica esvaziada de sentido. Sendo assim, a partir das abordagens teóricas que respaldaram esse estudo, podemos pensar que a mudança de posturas dos alunos ditos “indisciplinados” em sala de aula não vai acontecer a partir de imposição de regras, atitudes autoritárias e medidas punitivas, mas a partir da construção de projetos políticos pedagógicos que coloquem o aluno como sujeito ativo e dinâmico na construção do seu próprio processo de aprendizagem. |
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