Resumo:
Esta pesquisa destina-se a analisar a interferência do português do Brasil como língua materna (L1), no inglês como língua estrangeira (L2), através da pronúncia da fricativa interdental surda /θ/, som característico do inventário fonológico do inglês. Pensando na carência do ensino de fonética em língua inglesa, buscamos analisar variações de pronúncia como suas possíveis soluções e assinalamos o quão necessário se faz o papel do professor na aprendizagem de seus alunos. Optamos por um estudo voltado às análises acústicas de cunho quantitativo, partindo da coleta de palavras. Nosso aporte teórico é baseado em estudos de Alves (2012), Kent e Read (2002), Zimmer (2004) Alves (2016), Reis (2006) e outros que abordam descrições acerca de processos de ensino-aprendizagem, que estão inseridos na realidade da maior parte de nossas escolas. Nossa metodologia consiste na coleta de dados com 4 alunas brasileiras estudantes do 6º ano fundamental de uma escola pública, onde as indivíduas, no primeiro momento, realizaram a leitura de frases em inglês que continham a fricativa interdental surda /θ/ e na segunda etapa produziram-na, novamente, mediante incitação auditiva. Depois submetemos nossos dados ao programa computacional PRAAT versão 5.2 (BOERSMA e WEENINK, 2012). Nossas análises acústicas nos levaram a reiterar a proposta trazida pelo nosso projeto, de que existe grande sobreposição de fonemas substitutos à fricativa interdental surda e que esses problemas necessitam receber maior atenção ao serem ensinados. Consideramos ainda a oralidade como fator primordial para o ensino de línguas, bem como a atenção a sons distintivos da L1 do aprendiz.
Descrição:
MOUREIRA, I. A. de L. Produção da fricativa interdental surda │ø│por aprendizes de inglês como segunda língua. 2017. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.