Resumo:
A coleta do molusco Anomalocardia brasiliana no estuário do Rio Mamanguape (ERM) é conhecida como mariscagem. A utilização do apetrecho nomeado localmente como puçá de cabo e/ou Jerere é uma técnica nomeada nas ciências pesqueiras como “By-catch”, definida como conjunto de organismos de outras espécies que são capturadas junto à espécie alvo e que, geralmente, são devolvidos ao mar ou rejeitados por não ter valor comercial. O Jereré captura além do marisco (A. brasiliana), espécie alvo, outras espécies da biota bentônica (epfauna, infauna) no processo do arrasto, provocando certo desequilíbrio de comunidades daquele ecossistema. Nesse trabalho objetivou-se a identificação taxonômica da biota acompanhante através dessa técnica respondendo assim a pergunta: quais as espécies de biota estuarina são capturadas na coleta de mariscos (A. brasiliana), por meio da técnica do Jereré. Para as espécies identificadas foram descritas em tabela e utilizada literatura especifica para todos os táxons. Foram identificadas em um total de seis (6) táxons, treze (13) classes, trinta e duas (32) famílias e trinta (30) espécies descritas por alimentação, distribuição geografica, valor econômico e nome popular. A biota encontrada é comum para o ERM. Espécies como Halodule sp (Ascherson 1868: 19) que não apresenta valor econômica mas é de grande relevância para espécie de peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) que vive no ERM. Há necessidade de maiores investigações, pois não são encontrados trabalhos na literatura referentes a esse tema.
Descrição:
GOMES. A. T. A. Biota acompanhante, por meio de técnica de coleta de marisco (Anomalocardia brasiliana) no estuário do rio Mamanguape (ERM) – PB. 2017. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.