Resumo:
As populações indígenas das Américas foram expostas a um processo constante de
exploração, gerando uma vulnerabilidade multidimensional caracterizada principalmente pelo
fato de não terem assegurados direitos básicos que permitam manter seus modos e costumes
sociais mais elementares. Com a criação do Sistema Interamericano de Direitos Humanos
(SIDH), um novo horizonte nasce na luta pela salvaguarda dos direitos ameríndios. Neste
sentido, este trabalho objetiva estabelecer uma análise acerca da estrutura na qual as
populações indígenas estão inseridas no SIDH, identificando o modo no qual a questão
indígena vem sendo tratada dentro deste Sistema. Para que tal proposta seja levada a efeito,
este trabalho possui os seguintes objetivos específicos: (i) apresentar o contexto histórico no
qual as comunidades indígenas americanas estiveram inseridas e a situação atual das mesmas;
(ii) compreender a dimensão normativa que salvaguarda os direitos ameríndios no SIDH; (iii)
analisar a interpretação realizada pela Corte IDH em suas decisões sobre esta mesma
dimensão; (iv) analisar, a partir dos estudos construtivistas, os atos de fala que envolvem a
questão indígena no SIDH e quais as repercussões que a interação entre Corte IDH e
dimensão normativa do SIDH possui no âmbito interno dos Estados através dos diálogos
transjurisdicionais entre Cortes nacionais e Corte IDH e (iiiii) analisar, no âmbito do SIDH,
dois direitos inerentes aos indígenas, os direitos à consulta e à propriedade comunal. De
caráter exploratório, com um método indutivo, a pesquisa decorre de uma metodologia
centrada em revisão bibliográfica e pesquisa de jurisprudência, com vistas tanto em
periódicos, quanto em fontes primárias.
Descrição:
CIRNE, M. V. de M. da C. Salvaguardar, dialogar e emancipar: uma análise das populações indígenas sob as lentes do sistema interamericano de direitos humanos. 2017. 77f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2017. [Monografia]