dc.description.abstract |
O presente Artigo tem como objetivo apresentar ao mundo acadêmico-filosófico “Patativa do
Assaré” − campesino com erudição poética e comprometimento social – em “CANTE LÁ
QUE EU CANTO MARX: traços marxistas na obra de Patativa do Assaré”, numa analgia à
obra do filósofo prussiano e pretendendo, a um só tempo, exaltar a luta, o engajamento e a
resistência peculiares ao nordestino marcado pelos contrastes impostos pela natureza mais a
luta de classes que, embora apregoada por Karl Marx, é tão acentuada quanto negada nestes
tempos de globalização, prosperidade, riqueza e opulência para uns poucos; toda a sorte de
espoliação e miséria para muitos homens, mulheres, jovens e crianças mundo afora. Na
elaboração do presente trabalho investigou-se textos de Lukács, Marx e Rousseau dentre
outros autores, além, evidentemente, da coletânea de poemas “Cante lá que eu canto cá –
Filosofia de um trovador nordestino”, obra cordelística carregada de identidade e riquíssima
oralidade, suscitando uma leitura acurada do mundo ao seu redor. “Patativa do Assaré”, assim
alcunhado pela similaridade com o canto melodioso e triste da ave patativa traz, no mesmo
canto, aspectos concernentes às temáticas da exploração, expropriação, mais-valia, miséria e
propriedade fato que o remete à condição de filósofo e trovador, como sugere o subtítulo da
coletânea: “Filosofia de um trovador nordestino”, premissas que aqui se almejam confirmar
até às Considerações Finais. |
pt_BR |