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Através da análise do comportamento do protagonista de O espelho, de Machado de Assis, sob a perspectiva da Psicologia Analítica, teoria de Jung, o presente artigo objetiva discutir a respeito do processo que engloba o fenômeno da personalidade representado pelo protagonista. A personagem observada (Joãozinho), dependente do status que lhe é conferido por causa do cargo ocupado, torna-se, tão somente, “alferes”, esquecendo-se de ser “homem” ao ponto de surtar quando se percebe só. Todo o ocorrido, ou seja, tudo o que é manifestado exteriormente na vida da personagem analisada é consequência de um grande encadeamento psíquico, denominado individuação. A leitura fundamenta-se nas ideias de Jung (1972-1985-2000), as quais são vistas com maior frequência em Hall & Nordby (2000) e, também, em Nise da Silveira (1981), além de Alfredo Bosi (2007), Antonio Candido (2009) dentre outros autores utilizados na discussão. A partir da narrativa em questão, é possível verificar quão difícil é manter-se totalmente equilibrado o tempo todo, tendo em vista que o processo de formação da personalidade (individuação) é contínuo e, apesar de ser inato, sofre influências do meio em que o indivíduo se encontra inserido. |
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