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A composição do texto literário intimista é especificamente focalizada em uma expressão da subjetividade convencionalizada pelo autor. A personagem é compreendida como categoria que converge toda a discursividade literária, nesse gênero de romance. Desse modo, recursos literários imagéticos, simbólicos e o fluxo de desenvolvimento da narrativa estão interligados à impressão vital da personagem. A presente monografia apreende a personagem Camilo, do romance O quarto fechado (1984), de Lya Luft, e tem como objetivo de descrever analiticamente a composição de um procedimento interno de libertação desse personagem, composição emblemática da concepção da obra da autora gaúcha. Para constituir nosso estudo nos apoiamos nas abordagens teóricas de autores que consideram a composição interna do texto literário e seu desempenho na construção da subjetividade da personagem, como Bosi (2017), Candido (2000), Brait (2006); e nas explanações da corrente simbólica da carga dramática literária, Bachelard (1997; 2008), Chevalier e Gheerbrant (2016), e Camus (2014). Observamos a representação de um fluxo interior de apreensões sobre as possibilidades e impossibilidades de existir, na dimensão empírica, e que contempla a evidência de uma imaginação de morte como meio libertário e constituinte de um símbolo do homem, em estado particular de si mesmo, na dramaticidade de existir. |
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