Resumo:
Este trabalho trata da representatividade da mulher negra na literatura de cordel a partir das produções da cordelista Jarid Arraes. Tem como corpus de estudos os cordéis Não me chame de mulata e Quem tem crespo é rainha. Ao longo dos tempos históricos, tem pesado sobre os ombros das mulheres negras termos que pejoram sua imagem, no entanto, assim como o povo negro, às mulheres negras também resistiram e buscaram ocupar seu protagonismo. Este estudo mostra, através dos versos, a resistência, uma identidade e autoafirmação de mulheres que não se curvam frente ao racismo. Nos cordéis, há a exaltação étnica que afirma a ancestralidade do povo negro. Nisto, observa-se discursos que delineiam uma nova posição da mulher negra perante a sociedade. Para tanto, fundamentam este estudo teóricos voltados para a história e formação social do negro, tais como Guimarães (2005), Carneiro (2005), Fonseca (2001), como também, Maingueneau (2014), a partir dos estudos sobre a perspectiva da linguagem. Em síntese, este estudo identifica a mulher inserida em um novo contexto literário, de forma atuante, com voz ativa, sob uma nova perspectiva de valorização de sua imagem.
Descrição:
NASCIMENTO, E. de J. A. do. Versos e resistência: a literatura de cordel como afirmação. 2017. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.