A boca que vos fala: sobre o sagrado e o profano

Abstract

A Literatura desde os tempos remotos, sempre esteve entrelaçada com as experiências humanas e, principalmente, como o gênero poético, já que resulta da necessidade dos seres humanos resignificar o real/imaginário. O poético possibilita, assim, a revelação do ser, pois permite externarliza nossas experiências e até mesmo encontramos com a nossa identidade, sejam elas de caráter profano e/ou sagrado.O objetivo principal deste artigo é análise os poemas Festa do corpo de Deus e Trottoir da referida obra poética da escritora, Adélia Prado, com o intuito de compreender como se manifesta o sagrado/profano A abordagem teórica baseia-se em Zolin (2005), Todorov (2003), Bosi (1977), Paz (1982; 1994) Eliade (1992). A análise nos mostra que a poesia de Adélia Prado tem caráter bastante instigante, envolvente e revolucionário, pois os seus recursos poéticos, como a intertextualidade, desperta nos leitores a curiosidade, os levando a procurar por outras leituras, além de promover reflexões sobre questões como; a condição feminina na sociedade contemporânea, as subjetividades do “eu” e sem comentar do erotismo/sagrado, que por si só chama a atenção para o texto. Embora seja categorizada como está fora do cânone, é uma obra importante de valor tanto artístico quanto representativo.