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A teoria de Mikhail Bakhtin (1987), sobre a cultura popular na Idade Média e no Renascimento, possibilita os mais diversos estudos, na área da literatura, principalmente. Dessa obra, extraiu-se o conceito de grotesco e suas aplicações, o qual se caracteriza pelo exagero e ambivalência. Sendo assim, além de trabalhar a linguagem, podemos analisar a imagem do grotesco na literatura. Com base nesse alicerce teórico, realizamos, neste estudo, a leitura de São Cristóvão (2002), uma novela de Eça de Queiroz que retoma a Idade Média e pertence a uma trilogia, publicada em 1912, em volume intitulado Últimas Páginas e republicado em 2002 com o título de Vidas de Santos. Ao analisarmos o protagonista, Cristóvão, percebemo-lo como uma figura grotesca, visto seu aspecto disforme, sua estatura gigantesca, sua força hercúlea e sua caracterização como um ser híbrido. Dessa forma, nosso objetivo, no presente trabalho, é analisar os elementos grotescos na obra São Cristóvão, com ênfase no protagonista. Para esse fim, nos embasamos nas teorias bakhtinianas sobre o grotesco e a carnavalização. Utilizamos, também, como aporte teórico, com enfoque na questão social, Jaime Cortesão (2001). |
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