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O presente trabalho tem como finalidade apresentar uma análise do papel das mulheres e o sagrado feminino no seio do movimento religioso “Borboletas Azuis” de Campina Grande. O movimento surgiu a partir de uma revelação do Padre Cícero para o então bem sucedido empresário do ramo algodoeiro Roldão Mangueira de Figueiredo. Após romper com o catolicismo, religião que Mangueira seguia fervorosamente ele funda sua seita, em decorrência das mudanças ocorridas no cerne da Igreja Católica sucedidas no Concílio do Vaticano II. O grupo obtém destaque nas primeiras páginas de periódicos de circulação local e nacional, a partir da propagação da profecia de que a humanidade teria o seu fim no dia 13 de maio de 1980, em decorrência de um dilúvio de 120 dias e que apenas escapariam os adeptos do grupo religioso. O presente estudo tem por finalidade fazer uma análise da trajetória do movimento, apresentando-o desde sua gênese até os dias atuais, proporcionando uma discussão dos diferentes lugares e papéis ocupados pelas mulheres no/do movimento e suas conexões com o sagrado. O trabalho se desenvolverá sob a lucidez dos seguintes teóricos: Mircea Eliade, Jostein Gaarder, Pierre Bourdieu, Tania De Lucca, e Paulo Nogueira. Utilizaremos como fontes as edições do Diário da Borborema (1970-1980), trabalhos acadêmicos relacionados ao tema a exemplo das dissertações de Davidson Belo Mangueira e de Lidiane Cordeiro Rafael de Araújo; além de pesquisas textuais de Lísias Nogueira Negrão, Stênio Lopes, Damião de Lima e Martha Lúcia Ribeiro Araújo em prol do enriquecimento do contexto histórico no qual o grupo está inserido. |
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