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O presente trabalho, propõe (re)pensar a aplicabilidade da Lei 10.639/03 (BRASIL,
2003) na educação infantil. Partindo dos tantos anos de luta por parte do movimento
negro e as particularidades assumidas por ele, tem-se a possibilidade de algumas
conquistas, como a então supracitada lei, que torna obrigatório o ensino de História
da África e cultura afro-brasileira na educação pública e privada. Entretanto, mesmo
com sua sanção, ainda se vê muito de sua ausência no currículo de inúmeras escolas
brasileiras. Tomando então como ponto de partida uma intervenção, por meio de uma
pesquisa-ação em uma escola na Zona da Mata paraibana, foi analisado se a lei
10.639/03 (BRASIL, 2003) estava presente em seu respectivo currículo e também
quais as metodologias abordadas, a partir dos documentos, para sua implementação.
Quanto ao baseamento teórico, nos fundamentamos em Munanga (2005), Lucimar
Rosa (2015), Mattos (2009), entre outros. Ademais, há a importância de frisar que a
aplicabilidade da lei desde as primeiras séries, torna possível que as crianças tenham
conhecimento de conteúdos de cunho étnico-racial para assim desconstruir
estereótipos, como por exemplo, imagens negativas que norteiam a trajetória de vida
do povo negro. Há dificuldade em mensurar o impacto que o preconceito racial gera
em crianças negras, e a referida lei vem justamente para transformar a realidade
escolar e social de crianças, que crescem levando consigo marcas de uma sociedade
preconceituosa, que ainda discrimina por cor. A intervenção na escola teve como
principal objetivo a aplicabilidade da lei 10.639/03 (BRASIL, 2003), e nos
possibilitou abordar para crianças do 3º ano partindo de uma exposição/diálogo ou
pela contagem de histórias uma releitura da cultura afro-brasileira e conteúdos
étnico-raciais, como também contribuiu para a resolução de um problema já
detectado: a ausência da aplicabilidade da norma. |
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