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O presente estudo tece algumas abordagens a respeito de uma categoria-chave da Ciência
Geográfica, o território. Desta maneira, a pesquisa constitui-se de um levanto epistemológico
sobre o termo, e seus respectivos “derivados”, territorialidades e territorialização. Tendo
como objetivo principal, a análise de crianças e adolescentes nos semáforos da cidade de
Campina Grande – PB, estes num dado espaço, construindo seus territórios. E como o termo
território é definido como um espaço mediado pelas relações sociais, que são também
relações de poder, está população que se encontra nos semáforos, da referida cidade,
constroem desta maneira seus territórios. Este fato se torna visível nas observações feitas “in
loco”, ou melhor, existe uma relação de poder entre esses meninos, no qual é visível a
qualquer um que direcione os olhares para estes. A partir dessas relações que são mediadas
pelo poder, às crianças e os adolescentes que se encontram nestas “áreas de risco” delimitam
seus territórios, e tudo passa a ser vivido nestas áreas. A rua se torna um atraente, que passa a
substituir a casa, ou melhor, a rua passa a ser a casa desta população infanto-juvenil. Tudo
passa a ser vivido nas ruas, como precedentemente descrito, a família, as relações-sociais,
enfim, levando-nos a indagar-se sobre as Leis Federais e o que estas garantem a essa
população infanto-juvenil, que se encontram nestas “áreas de risco”. Ao longo da pesquisa
realizada “in loco” observou-se características especificas dos semáforos, a titulo de
exemplificação, o motivo pelo qual só se encontram crianças e adolescentes do sexo
masculino nos semáforos, os “pioneiros” destas atividades nos semáforos de Campina
Grande-PB, como esta população infanto-juvenil se organiza nos semáforos, enfim.
Explicitando também a construção de comunidades nos semáforos, e alguns problemas
enfrentados por estes como, o medo, a violência, dentre tantos outros. O método utilizado
para a realização da pesquisa esta pautado no indutivo-estruturalista-fenomenológico, haja
vista que a pesquisa deriva de observações de casos particulares da realidade, para entender
desta maneira a parte de um todo, bem como uma realidade que é construída socialmente. |
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