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Quando foram raptados pelos europeus e, posteriormente, trazidos em navios negreiros rumo as Américas, os africanos, tiveram não só sua liberdade física negada, mas, também, as suas praticas culturais, sob o pretexto discursivo da necessidade de civiliza-lós. Neste arbitrário jogo de poder, o Estado e a Igreja Católica, se empenhavam em impor formas de manipulação, uma das mais eficazes e utilizadas, foi converte-lhes ao catolicismo. Submersos nesta sociedade controladora e castigadora, os afrodescendentes constituíram suas identidades, onde recriaram símbolos, signos e praticas que eram provenientes da cultura dominante, dando-lhes novos sentidos. Diante disso, o presente trabalho visa discutir como as identidades dos afrodescendentes foram sendo (re) construídas na irmandade de Nossa Senhora do Rosário ao longo do século XIX. Nosso percurso metodológico é estruturado com base na Historia Cultural, uma vez que nos permitiu compreender como os irmãos se apropriaram de novos valores e, a partir de então, recriaram suas antigas praticas culturais. Quanto aos resultados a que se chegou o estudo, percebeu-se que a coexistência de táticas e estratégias, contribuiu para a formação de uma nova cultura entre os afrodescendentes e, consequentemente, uma nova identidade, que não era “nem branca e nem preta”, pois estava repleta por elementos que tomaram uma nova roupagem distinta de sua cultura originária. |
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