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Sustentados pela concepção heterogênea da Língua defendida pela teoria da sociolinguística,
em contraposição à defesa da norma padrão como único mecanismo viável para a efetivação
da comunicação, desenvolvemos esse trabalho com o objetivo geral de identificar e analisar
os tipos de variação linguística presentes nas músicas de Luiz Gonzaga, compostas também
em parcerias com Humberto Teixeira e Zé Dantas. Como objetivos específicos, foi pretensão
nossa realizar interpretações no contexto temático das músicas, observando os aspectos que
retratam e remetem aos costumes da região nordeste. Assim, o presente trabalho apresenta os
elementos conceituais sobre o fenômeno da Variação Linguística elencados por Alkimin
(2007), Antunes (2007), Bacelar (2009), Bagno (2011; 2007), Beline (2007) e Bortoni-
Ricardo (2004), os quais serviram de suporte para a realização da análise das canções Assum
Preto, Derramaro o Gái e Lorota Boa. Nesse sentido, antes da análise propriamente dita da
variação linguística, apresentamos algumas considerações a respeito dos caminhos que
influenciaram a musicalização nordestina realizada por Gonzaga, marcada pelos costumes do
povo da região nordeste bem como os elementos linguísticos e variacionais. Para isso,
tivemos por base, entre outras fontes, as considerações de Barbosa (2007), Dreyfus (1996),
Lopes (2007) e Santos (2004). Trata-se de um trabalho fundamentado na heterogeneidade da
língua, utilizando-se dos conceitos da sociolinguística para analisar o gênero música que
serviu de instrumento para divulgar as características de uma região que se tornou capaz de
transformar, entre outros aspectos, a variação linguística em arte. |
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