À margem da vida: literatura e prostituição em "Um ramo para Luísa" de José Condé

Abstract

A prostituição, de modo geral, é uma atividade que envolve mistérios, atrações, rejeições e punições sociais. Configura-se como uma das profissões que é praticada desde a antiguidade, suscitando diversos questionamentos, e motivando pesquisas e estudos que busquem desvendar os mistérios e todas as incógnitas que a envolvem. Nesse sentido, a partir de alguns aportes teóricos como Magali Engel (2004), Margareth Rago (2008) e Laure Adler (1991), procuramos estudar como a relação mulher e prostituição encontra-se configurada na novela “Um Ramo para Luísa”, de José Condé. Nosso objetivo é fazer uma análise dessa obra, procurando entender até que ponto as representações acerca da prostituição podem estar em consonância ou não com os discursos socialmente construídos sobre a referida temática. Para tanto, procuraremos entender como essa prática foi e é vista no decorrer da história; observaremos como a temática é tratada na bibliografia apresentada nos referenciais e também faremos reflexões sobre as relações interpessoais envolvendo cliente/prostituta.