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Na nossa pesquisa objetivamos aprofundar nossa compreensão acerca do conceito ser-para-a-morte na obra Ser e Tempo de Martin Heidegger. Nessa obra o pensador alemão apresenta um novo paradigma filosófico, a saber, a fenomenologia como hermenêutica do Dasein (pre-sença). Edmund Husserl, com suas Investigações lógicas, fundamentou a corrente filosófica chamada de fenomenologia. Com seu discípulo Heidegger, o movimento fenomenológico tomou um novo rumo, tornando-se pouco a pouco uma hermenêutica do Dasein. Em Ser e Tempo Heidegger recolocou a questão filosófica fundamental do ser que, segundo ele, na tradição filosófica do pensamento filosófico ocidental, caiu no esquecimento. O filósofo analisa as estruturas (existenciais) do ser do Dasein, ente que coloca (pergunta sobre) a questão do ser. Segundo o pensador alemão, no impessoal, o Dasein não toma a questão da morte (o limite da própria finitude) como própria. Segundo o projeto heideggeriano, o ser-para- a-morte (a propriedade do Dasein) é uma compreensão da morte como o poder-ser mais próprio de cada um, de cada pre-sença. A pre-sença compreende sua morte recuperando uma escolha existencial particular. Desta forma, a angústia mostra-se também como uma disposição fundamental da pre-sença: ela lança a pre-sença no seu poder-ser-no-mundo como possibilidade, como projetar-se (como projeto). No seu poder-ser, nas suas possibilidades a pre-sença torna sua existência uma existência livre. Na liberdade a pre- sença torna-se verdadeiramente própria. Tomando consciência do existencial ser-para-a- morte, a pre-sença redimensiona sua compreensão de vida no sentido de uma decisão existencial profunda. |
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