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A presente pesquisa teve como objetivo identificar entre os usuários que frequentam a biblioteca de Monteiro, se há leitores que poderiam ser inseridos na faixa etária dos idosos, a fim de, em última instância, refletir sobre as práticas de leitura nessa idade. Esse trabalho se caracteriza como de natureza predominantemente qualitativa e utiliza dados numéricos em partes das análises. Para a consecução dos objetivos, foram realizadas visitas à referida biblioteca, a fim de coletar informações sobre o espaço e também realizar a coleta dos dados: compostas pelas fichas de cadastro dos usuários. Essas fichas apresentam, entre outras informações, a lista de todos os empréstimos realizados pelos leitores entre janeiro/2014 e maio/2017. Para fundamentar a pesquisa, foram utilizadas as contribuições teóricas de alguns autores, entre eles: Chartier (1996; 1999a;1999b;2002) Horellou-Lafarge e Segré (2010) Battles (2003), Espíndula (2015). A análise dados concentrou-se no primeiro momento nos dados coletados com as fichas de empréstimos de todos os usuários. Para fins de categorização e com base nas informações constantes nessas fichas, realizou-se uma análise para identificar quem eram os usuários, após isso, divididos os leitores em categorias com o intuito de averiguar o vínculo com a educação formal, as categorias foram estudantes, não estudantes e não informado. Diante dessa divisão, identificamos que, neste período de 03 (três) anos e meio, 41 (quarenta e um) pessoas utilizaram o serviço de empréstimos e efetuaram 196 empréstimos no total, sendo desse total 83 empréstimos realizados por um leitor idoso, constatou-se que o público que mais frequenta a biblioteca é o público vinculado à escola, porém a maior parte dos empréstimos são realizados pelo público que não possui vínculo escolar. Realizamos também duas entrevistas semiestruturadas com os leitores idosos. Diante das análises, constatarmos, em primeiro lugar registrar a existência de leitores na biblioteca, e ainda que nesse momento os leitores que não estão incluídos na categoria dos não- estudantes apresentam uma porcentagem de empréstimos mais elevado do que os usuários incluídos na categoria dos estudantes. Além disso, possível verificar, na história de leitura dos idosos e nas suas formas de se relacionar com a biblioteca, que não há uma relação estreita entre leitura e o ensino formal dado que as motivações para buscar a biblioteca são de caráter pessoal; esse espaço não é a única fonte de acesso a materiais de leitura desse público. |
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