Resumo:
O presente estudo tem como objetivo analisar os movimentos de produção da
subjetividade feminina a partir da obra “Mulher no Espelho”, de Helena Parente
Cunha. A narrativa aborda os conflitos existenciais de uma mulher multifacetada que
se agoniza ao visualizar o avesso de si mesma diante de um espelho ficcional. A
trama enfoca as contradições que se estabelecem entre a protagonista e a
sociedade patriarcal em que está inserida.Como arcabouço teórico que fundamenta
o estudo, recorremos aos teóricos da Psicologia que trabalham com a temática da
subjetividade na sociedade contemporânea, como Félix Guattari (2008), Suely
Rolnik (1997), Leila Domingues Machado (1999), Fernando Gonzalez-Rey (2002),
dentre outros autores que fazem parte dessa linhagem teórico-metodológica. A partir
das análises realizadas, podemos perceber os conflitos da mulher protagonista ao
evidenciar que sua subjetividade estava aprisionada aos padrões sociais, não
correspondendo aos seus anseios de liberdade, seus desejos, sua forma de amar e
de existir. Os conflitos impulsionam movimentos de singularização da sua
subjetividade na medida em que ela tenta romper com os valores e comportamentos
que caracterizam a sociedade patriarcal.
Descrição:
LIMA, T. M. Cartografias da subjetividade feminina na obra "Mulher no espelho" de Helena Parente Cunha. 2018. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2018.