Resumo:
INTRODUÇÃO: O Brasil convive com um sistema de saúde dualizado, entre público, o
Sistema Único de Saúde – SUS, e privado, formado pelo Sistema Suplementar, que
corresponde aos planos e seguros de saúde e o liberal clássico, constituído pelos tracionais
atendimentos particulares e autônomos. Durante muito tempo o setor suplementar de saúde
permaneceu sem regulamentação própria. No entanto, por meio da Lei nº 9.961, de 2000, é
criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, em âmbito ministerial, mas
possuindo de autarquia especial, com o objetivo de promover a defesa do consumidor na
assistência suplementar à saúde. O Sistema Suplementar permaneceu desenvolvendo o
modelo com enfoque biologicista. Entretanto, a ANS percebe a necessidade da adoção de um
modelo com foco na saúde e em 2005 publica a Resolução Normativa nº 94, que estabeleceu
critérios para a prorrogação dos prazos para a integralização da garantia financeira para as
operadoras que desenvolvessem programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e
doenças. OBJETIVOS: Compreender a implantação das ações e programas de promoção da
saúde na instituição; descrever a organização e atribuição dos profissionais envolvidos nos
programas e ações; analisar os programas de promoção à saúde efetivamente implementados e
as ações realizadas nas unidades de saúde da CASSI, nesses estados; identificar os impactos
percebidos com a implementação de ações/programas de promoção à saúde nos gastos e
revelar a avaliação dos programas e ações de promoção da saúde realizados.
METODOLOGIA: Estudo exploratório descritivo, de metodologia qualitativa. O campo de
pesquisa se constituiu por Unidades da CASSI, nas cidades de João Pessoa, Recife e Natal.
Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com 3 gerentes de unidades, 21 profissionais
atuantes nas ações e programas de Promoção da Saúde e ainda 12 usuários do plano de saúde
CASSI, participantes das ações educativas de PS desenvolvidas pela operadora. Após as
entrevista, todas foram transcritas e associadas entre si através de estratégia de triangulação.
Posteriormente o material foi analisado a técnica de análise de conteúdo. RESULTADOS:
após leitura e analise dos dados obtidos, emergiram as seguintes categorias e subcategorias:
implantação e funcionamento do programa de promoção da saúde – operacionalização,
estrutura e organização do programa, redução de gastos e melhoria da qualidade de vida;
atuação dos profissionais no programa de PS – composição das equipes e satisfação dos
profissionais; adesão dos beneficiários aos PS – compreensão do modelo de atenção, vínculo
do usuário/operadora de saúde e satisfação dos usuários e programas implementados e ações
executadas – programas implementados, ações realizadas e avaliação das ações executadas.
Os discursos dos sujeitos possibilitaram apreender as fatores que estimularam a CASSI a
iniciar a prática de ações de PS nas unidades estaduais, bem como as facilidades e
dificuldades encontradas diariamente e a avaliação dos programas desenvolvidos.
CONCLUSÔES: Existem vários programas implantados na operadora, voltados para idosos,
adultos e pessoas portadoras de deficiência, porém há espaço para iniciar programas para
públicos não contemplados, como mulheres e crianças. E ainda, é essencial proporcionar
interações mais coesas entre os envolvidos, a fim de otimizar as participações.
Descrição:
BARBOSA, M. L. A promoção da saúde no sistema suplementar: do discurso político às ações efetivas. 2012. 63f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.