Resumo:
Este trabalho pretende analisar histórica e sociologicamente as representações e ritualizações produzidas em torno da morte de Eduardo Campos, ex-governador do estado de Pernambuco e candidato à presidência da república em 2014. Trata-se, pois de um ícone da política estadual e nacional, tanto Eduardo Campos quanto seu avô Miguel Arraes foram personagens alçados à condição de grandes líderes da política pernambucana, onde após suas mortes houve todo um trabalho de consagração dos seus nomes, através da criação ou alteração de lugares de memória com seus respectivos nomes (escolas, hospitais, monumentos, praças, etc.). Contudo, aqui, o principal foco de interesse é investigar as estratégias de setores da mídia e de aliados da família no sentido de promovê-los em espectros políticos duradouros, fundamentais para manutenção e projeção de novos membros do clã ou de atores ligados a eles. Esta pesquisa se vincula aos domínios da Nova História Política e se apoia nas contribuições de diversos historiadores e teóricos do campo das ciências sociais, tais como Peter Burke (2011), René Remond (1986), Bourdieu (2005), Bauman (1999), Marcelino (2016), entre outros. E do ponto de vista metodológico sua abordagem foi desenvolvida sob os auspícios da análise de conteúdo, a partir da interpretação de imagens fotográficas, charges, textos de jornais escritos.
Descrição:
ANDRADE, Jailson Cavalcante de. Morre o homem, nasce o mito: o velório de Eduardo Campos e suas múltiplas representações. 2018. 54f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.