dc.description.abstract |
A palma forrageira (Opuntia fícus indica Mill) tem características morfofisiológicas de tolerância à seca. Como durante a estação seca não há pasto nativo ou outra forrageira, a palma passa a ser a principal fonte de alimento para os ruminantes. Com o advento da cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae), o cultivo da palma tradicional foi praticamente dizimado, causando, impactos significativos na atividade pecuária do município de Boa Vista, PB. Diante disto, houve a necessidade de um estudo abrangente, tendo como objetivo principal estabelecer os indicadores sociais e produtivos da palma forrageira, no Sitio Caluête, localizado no referido recorte geográfico. O estudo foi realizado em treze fazendas, sendo georreferenciadas e quantificado as áreas plantadas com palma tradicional e dizimadas por essa praga. Foram aplicados questionários semiestruturados, contendo 50 perguntas com os tópicos relacionados ao perfil social/educacional, ao cultivo da palma forrageira tradicional, os aspectos relacionados à cochonilha, dentre outros. Os dados de chuvas forma cedidos pela AESA, Campina Grande, PB, dos quais foram estabelecidas o regime pluvial, a estação chuvosa e as anomalias anuais de 2012 e 2017. As análises obedecerão a critérios da estatística descritiva de medidas de tendência central, dispersão e frequência, utilizando-se a planilha Excel. Os principais resultados mostraram que, a palma forrageira é a principal ou a única fonte para alimentar o rebanho. A dizimação do cultivo da palma forrageira tradicional foi drástica e há pouca alternativa para substituir por outra forrageira. Há necessidade de medidas mitigadoras, programas governamentais de assistência técnica e de convivência com os efeitos das estiagens. O processo de revitalização tem sido feito de forma lenta e com clones das variedades Miúda e Orelha de Elefante e sem palma, não há como persistir a atividade pecuária no município de Boa Vista, PB. |
pt_BR |