Resumo:
A atividade de caça proporciona utilidades aos praticantes, contudo, em excesso pode representar problemas para a região e sua biodiversidade. Nesse sentindo, objetivou-se analisar a origem dos saberes referentes a atividade de caça, bem como suas implicações culturais e ecológicas. Participaram 523 estudantes por meio de questionários semiestruturados, dos quais, 220 se declararam caçadores. A correlação negativa (p <0,01) entre desenvolvimento curricular e indivíduos caçadores foi observada. A transmissão da cultura da caça foi predominantemente vertical (48%), sendo o pai o principal transmissor (48%); os equipamentos mais utilizados na referida atividade foram estilingue (40%) e espingarda (39%). O animal preferido pelos caçadores na região do estudo é a “rolinha” (Columbina sp) correspondendo a 32% das citações. O melhor período do ano para a caça é o inverno (70%). A forma de caça mais comum citada foi a pé (22%). Dentre os entrevistados caçadores, 50% afirmaram existir diferença da atividade de caça realizada hoje em relação a realizada no passado, e 25% das citações atribuem a diferença a equipamentos novos. A alimentação foi a vantagem mais expressa (49%) sobre a atividade de caça realizada. 55% reconhecem que a caça gera algum problema; o problema mais citado é a extinção ou menor abundância de animais (31%). 40% afirmam ter conhecimento da existência de órgãos fiscalizadores; foram citados 2 órgãos responsáveis pela fiscalização, a polícia com 36% e IBAMA com 31%. Entender a transmissão cultural da atividade de caça é fundamental para iniciativas de intervenções com vistas a conservação da fauna.
Descrição:
SILVA, M. X. G. da. Atividade de caça e suas implicações ecológicas por estudantes urbano/rural. 2018. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.