Resumo:
Introdução A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um transtorno caracterizado por episódios cíclicos de redução (hipopneia) ou ausência (apneia) do fluxo aéreo durante o sono. Sua causa pode estar relacionada a fraqueza da musculatura de vias aéreas superiores (VAS) e distribuição adiposa. Atualmente vem sendo estudada a utilização do treinamento da musculatura inspiratória (TMI) como forma de tratamento da AOS pela possibilidade de modificação das estruturas musculares e atenuação de consequências clínicas como aumento da tolerância ao esforço, melhora da sonolência diurna, força e função respiratória e redução do índice de apneia e hipopneia (IAH). Objetivos: Avaliar as repercussões clínicas do treinamento da musculatura inspiratória na apneia obstrutiva do sono através de um estudo de caso. Métodos: A paciente foi submetida a um protocolo de TMI durante 12 semanas utilizando o Powerbreathe®ClassicLight. Dados como Índice de apneia e hipopneia, escala de sonolência de Epworth, índice de qualidade do sono de Pittsburgh, bioimpedância, força da musculatura respiratória e função pulmonar foram avaliados para coleta dos dados antes de depois da realização do protocolo de treino. Resultados: Foram observadas melhoras clínicas do IAH (de moderada – 25 para leve – 10), da percepção da sonolência diurna, qualidade do sono, força da musculatura inspiratória e expiratória e melhora na função pulmonar.Conclusão: De acordo com os resultados, é possível observar que o protocolo de TMI proposto aparentemente melhorou os sintomas clínicos, reduzindo a gravidade da AOS, contudo, por se tratar de um estudo de caso os parâmetros avaliados possuem resultados muito restritos, tornando-se necessário estudos maiores para responder esta questão de forma mais elucidada.
Descrição:
FIGUEIREDO, R. V. de. Treinamento da musculatura inspiratória e suas repercussões clínicas na apneia obstrutiva do sono: Um estudo de caso. 2018. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.