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Esta monografia, teve como objetivo analisar se a escolaridade garante o ingresso das pessoas
negras no mercado de trabalho. A pesquisa justifica-se pela necessidade de investigar a
desigualdade vivenciada pela pessoa negra no mercado de trabalho, considerando que a
sociedade comumente tenta naturalizar a desigualdade de oportunidades que penalizam a
população negra com argumentações atribuídas à defasagem escolar. O discurso do atual
mercado de trabalho é dizer que não falta emprego, o que falta muitas vezes é a qualificação
profissional para ingressar em melhores campos de trabalho. No entanto, em uma sociedade
com desigualdades tão gritantes como a nossa e sabendo que o racismo é um problema
estrutural, cabe investigar a veracidade de tal afirmativa. No que concerne ao embasamento
teórico, a pesquisa está fundamentada em Costa (1999), Fernandes (1978), Domingues
(2007), Carneiro (2011), entre outros. Metodologicamente, optou-se por uma análise de cunho
qualitativo, através de pesquisa bibliográfica, em livros, artigos, sites e indicadores sociais. A
investigação também dispôs da apropriação de dados históricos que permitiram averiguar
acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na
sociedade atual. Nesse entendimento, a pesquisa buscou possíveis respostas à desigualdade
social/racial vivenciada pela população negra no mercado de trabalho. Dada a importância da
educação como forte indutora no progresso social, a ausência desta é, pelos menos
incialmente, um fator explicativo para essa exclusão. Contudo, o que se observa através das
reflexões aqui apresentadas é que, mesmo alcançando o nível de escolaridade exigido por
determinado segmento do mercado de trabalho, as pessoas negras continuam em situações de
desvantagem em relação às pessoas brancas. Desse modo, esta pesquisa propôs investigar as
causas dessa exclusão, como também apontar possíveis soluções frente à essa problemática. |
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