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O corpo erótico nos remete ao homem enquanto ser social e, mais que isso, um ser racional e afetivo, característica esta que o difere dos demais animais. A possibilidade de o corpo ser visto, analisado e dimensionado em seu aspecto erótico/ poético é o eixo central dessa nossa pesquisa que teve o intuito da observação do mesmo, não como um objeto acabado e pronto de finitas questões, mas como algo que se desconstrói e que é e sempre foi possível de diversas configurações e sentimentos em todos os palcos em que o mesmo se encontra, e o mais fantástico disto é que o mesmo é erótico e pode se erotizar quando o queira fazer. Sendo visto dessa forma, o corpo se configura de uma maneira poética infinita, sublime, dando este suporte em que se reafirma, servindo de luz a vários poetas e pessoas ligadas ao estudo dessas visões, como o fez Pablo Neruda em seu Poema 1 (objeto de nosso estudo) de Veinte poemas de amor y una canción desesperada, que nos permitiu esse olhar que floresce em relação ao homem e a mulher em seus mais recônditos sentires. Para embasar a análise do poema de Neruda, tomamos como aporte teórico principalmente as contribuições do pensamento histórico-filosófico de Bataille (2004) e Octavio Paz (1993), que converge o amor erotismo como dupla chama. Também contribuíram para nossas reflexões Canton (2009), Cassandra (2008), fazendo-nos mergulhar nas questões poéticas inerentes ao poema, Siqueira (2014) e Galantin (2008), com valores e noções do corpo erótico em seus espaços. Buscamos percorrer assim os diversos encontros com o outro, seja este interno ou externo, a partir das relações eróticas que convidam ao abismo de ser. |
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