Resumo:
O presente estudo tem como objetivo realizar uma reflexão da potencialidade pedagógica que a música possui para problematizar as relações desiguais. A partir das músicas “Construção” e “Assentamento” do compositor Chico Buarque de Holanda evidencia-se as contradições sociais presentes nos espaços urbanos e rurais. Para trazer à tona as diferenças sociais expressadas pelas músicas o texto buscou como base teórica autores como: Paulo Freire, Maria da Glória Gohn e Marcelo Saldanha das Neves, entre outros, que buscam denunciar os processos que torna os indivíduos reféns das relações desiguais e desumanas. O emprego da linguagem artística em processos educativos que geram análises críticas constrói saberes que dialogam com o universo cultural e com as práticas escolares. As músicas, escolhidas para compor esse estudo são representações artísticas de uma realidade que atravessa os tempos e os espaços. O seu uso como forma de protestar as maneiras de repressão e violência em contextos concretos da realidade desenvolve uma percepção capaz de delatar a opressão ocasionada aos grupos historicamente excluídos. O trabalho desenvolvido possibilita relacionar a arte com os movimentos de resistência e com as práticas educativas que possam libertar os sujeitos dos aprisionamentos sociais.
Descrição:
FERREIRA, S. F. A arte que liberta: música como prática que protesta e evidencia a realidade. 2018. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2019 [Artigo].