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Pesquisa realizada com pescadores associados da “Colônia de Pescadores e Aquicultores Z- 21” da cidade de Juazeirinho, PB, que diante da problemática das secas desenvolvem alternativas de trabalho para o sustento familiar. A pesquisa teve enfoque etnoecológico, em que se buscou obter dados sobre o conhecimento tradicional ecológico dos pescadores da região, no que diz respeito ao meio ambiente e ao ecossistema “açude”, à água, ao solo e à fauna, além de analisar suas atividades de trabalho, os instrumentos utilizados, os cuidados e costumes que possuem, conservação e/ou preservação dos recursos que utilizam. Foram entrevistados 30 pescadores de ambos os sexos, através de questionários semiestruturados, com aqueles que consentiram em participar da pesquisa. Os dados foram digitados em planilha do Excel e analisados de forma comparativa entre os conhecimentos tradicionais e científicos, considerando a relevância da riqueza de conhecimentos que a população possui, que são adquiridos e transformados em costumes, de geração a geração. A idade dos entrevistados variou de 27 a 59 anos e o tempo de profissão de 7 a 20 anos. Conceituaram o açude como essencial para sobrevivência, um importante reservatório de água que não deve ser poluído. Citaram oito espécies de peixes para a região, Tilapia rendali, Prochilodus lineatus, Cichla ocellaris, Hoplias malabaricus, Serrapinus piaba, Leporinus sp., Leporinus sp. e Rhamdia quelen, demonstraram conhecimentos sobre estiagens, poluentes, manejo dos pescados para comércio, preservação do meio ambiente, e falaram sobre as crenças que detêm, muitas vezes, relacionando a fé às causas e consequências dos fenômenos da natureza. |
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