dc.description.abstract |
O diagnóstico e o tratamento adjuvante do câncer de mama causam efeitos colaterais que impactam na qualidade de vida (QV) das pacientes, um sintoma muito recorrente é a fadiga, que pode estar instalada antes mesmo do diagnóstico, em consequência do metabolismo do tumor. A fadiga parece envolver gatilhos subjetivos e físicos, como: a forma com que a paciente enxerga a própria doença, suporte emocional, seu relacionamento com a equipe de saúde, perda da massa muscular, efeitos tóxicos do tratamento, condicionamento físico, entre outros. É importante saber como rastrear a fadiga e quais os principais gatilhos que interferem na QV, visto que as chances de cura aumentaram nas últimas décadas e consequentemente a sobrevida. O presente artigo tem como objetivo descrever a avaliação da fadiga e QV sendo avaliadas conjuntamente, considerando os aspectos biopsicossociais. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa. Os descritores, conferidos no Decs, foram: câncer de mama; quimioterapia adjuvante; fadiga; qualidade de vida, pesquisados nos últimos 5 anos (2014-2018), nas plataformas BVS e PubMed. Foram encontrados 725 artigos, aplicados aos critérios de inclusão e exclusão, restaram 20 artigos para leitura na íntegra. Todos os artigos avaliaram a fadiga e a QV usando algum questionário auto avaliativo e identificaram as variáveis que se correlacionavam para o seu estudo. Doze dos artigos lidos (60%) usaram o mesmo questionário (EORTC QLQ C30) de forma independente ou associado a outro método de avaliação. A atividade física, o suporte familiar e social, são variáveis que afetam positivamente os resultados da fadiga e consequentemente da QV de forma direta ou indireta. Os questionários de autodiagnostico são eficazes, acessíveis e de fácil capacitação, e podem ser usados em qualquer etapa do tratamento. Associar outras formas de diagnóstico, como exames laboratoriais, testes físicos ou avaliação do sono, são essenciais para objetivar os sintomas produzidos pela fadiga em relação a QV. É importante acompanhar a evolução dos sintomas desde o diagnóstico, pois é possível acompanhar os picos e atender as necessidades da paciente, evitando a piora dos sintomas. |
pt_BR |