Resumo:
Os solos colapsíveis possuem elevado índice de vazios e sofrem um rearranjo das partículas
devido ao aumento do grau de saturação, seguido de uma rápida redução volumétrica. O
emprego de fundações superficiais assentes em solos colapsíveis é limitado, pois o efeito do
colapso é mais acentuado nos horizontes superficiais do terreno e, por sua vez, compromete a
utilização das obras de engenharia. Este trabalho apresenta e avalia as principais técnicas de
melhoramento de solos potencialmente colapsíveis para suporte de fundações diretas, em razão
da redução do potencial de colapso do solo e dos possíveis recalques provenientes da sobrecarga
da edificação e baseou-se nos resultados experimentais apresentados por Melo e Bandeira
(2014) utilizados para reforçar o solo de fundação do Cariri Garden Shopping, Juazeiro do
Norte – CE, através da compactação das camadas subjacentes. O processo de compactação do
solo promove a densificação do maciço ao seu entorno e, consequentemente, reduz a
compressibilidade da massa de solo tratado. Através de correlações entre o índice de resistência
à penetração NSPT, características mecânicas do solo e geometria do elemento de fundação foi
verificado o aumento da capacidade de carga e consequente redução do potencial de colapso.
Salienta-se que a utilização de fundação rasa sobre o solo colapsível em condições naturais não
é viável, devido à sua baixa capacidade de carga inicial, sendo preferível o uso de estacas
escavadas. Para tanto, constatou-se mediante ensaios edométricos em amostras indeformadas
e deformadas o aumento de resistência do solo compactado que tornou possível o uso de
fundações rasas sobre solos tratados exequível, em face da redução dos possíveis recalques por
adensamento e colapso à valores de limites aceitáveis.
Descrição:
FERREIRA, José Ailton da Costa. Melhoramento de solos colapsíveis para suporte de fundações superficiais: análise de um estudo de caso. 2017. 68f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Civil)- Universidade Estadual da Paraíba, Araruna, 2017.