Resumo:
A pessoa diagnosticada com transtorno mental necessita de assistência psiquiátrica. Há no Brasil desde a década de 1970 um movimento visando a substituir as internações do modelo hospitalocêntrico, com a criação de serviços alternativos de atendimento à sa úde mental. Todavia, estudos mostram que reincidentes reinternações breves continuam acontecendo em número relativamente grande, o que se passou a denominar de “fenômeno da porta giratória”. Sendo assim, esse estudo teve com objetivos verificar o número de internações e o tempo de permanência e analisar a relação entre as características socioeconômicas e demográficas dos usuários em sofrimento psíquico e o fenômeno porta giratória de usuários acompanhados em Centros de Atenção Psicossocial, localizados na cidade de Campina Grande-PB. Trata-se de um estudo transversal utilizando dados secundários oriundos de prontuários. A amostra foi composta 16 usuários maiores de 18 anos, acometidos por transtornos severos e persistentes, com no mínimo três internações psiquiátricas por ano, na emergência psiquiátrica no período de 2012 a 2016. Entre as principais constatações podemos destacar que a maioria era do sexo feminino (87,5%), com idade média de 34 anos, solteiros (87,5%), com baixa escolaridade, (43,8%), Desempregados (50%) com renda mensal inferior a um salário mínimo (56,3%). A média de internações recorrentes foi de 3,88. Destaca-se a importância de dar visibilidade ao fenômeno porta giratória de modo a auxiliar no planejamento de estratégias que possibilite mudanças na atenção em saúde e reforçar a relevância do apoio familiar que exerce um papel primordial na reabilitação psicossocial dos pacientes com sofrimento psíquico.
Descrição:
MACÊDO, L. de. Fatores associados com o revolving door em usuários com sofrimento psíquico em Campina Grande. 2018. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.