Resumo:
A presente pesquisa tem como objetivo saber se a lei n°10639/03 (BRASIL, 2003) está
presente dentro da sala de aula na educação infantil e de que forma ela está presente
através de um instrumento muito utilizado nessa fase que é a cantiga. É visível que
ainda existe uma carência pela valorização étnico racial dentro das salas de aula e que
na maioria das vezes a visão dos povos afro descendentes são passados de forma
negativa, instigando a sociedade a manter sua visão preconceituosa, para um povo tão
rico e cheio cultura e conhecimentos. A criança ao invés de ser educada para uma
sociedade multicultural, desde cedo, ela vem sendo educada para manter um estereótipo
único baseado em uma sociedade que impõe a história do modo negativo a décadas, e as
cantigas populares vem trazendo esse assunto para dentro da sala de aula. Essa pesquisa,
de cunho qualitativo, tem como base questionários e entrevistas aplicadas com docentes.
Tomou-se como referencial teórico autores como Amâncio (2008), Duarte (2002) e
Fernandes (2009). A pesquisa vem nos mostrar que as crianças da educação infantil
acabam reproduzindo aquilo que estão sendo instigadas a cantar, e que os docentes não
demonstram preocupação ou estranhamento em relação as letras das cantigas que
agridem a imagem do negro e reforçam o racismo no nosso país.
Descrição:
HIPÓLITO, J. A. de A. "Não são escravos de Jó, nem o Boi tem a cara preta": ressignificando as músicas na educação infantil para o cumprimento da Lei 10.639/03. 2018. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.