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A filosofia da mente tem se ocupado, nas últimas décadas, em resgatar a investigação sobre a consciência, tendo em vista que esta foi, por muito tempo, negligenciada pelos estudiosos da mente, que, por sua vez, encontravam dificuldades em conciliar os métodos objetivos da ciência com a subjetividade dos estados mentais. Neste sentido, o crescente interesse pelo estudo da consciência é evidenciado pelos avanços no campo da neurociência e também pelos estudos sobre inteligência artificial; contudo, os métodos epistêmicos utilizados ainda têm dificuldades em contemplar as características intrínsecas da consciência, como a intencionalidade, a qualidade e a unidade, que possuem um estatuto ontológico subjetivo na concepção de consciência defendida por John Searle. Ao considerar a consciência como o fenômeno mental central, Searle sugere uma séria revisão dos pressupostos da tradição materialista acerca do problema mente-corpo, de modo que se possa conciliar o estudo cientifico da consciência com o seu caráter ontologicamente subjetivo e irredutível. Este artigo tem, portanto, o objetivo de apresentar a noção de consciência na visão do filósofo John Searle. |
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