Resumo:
Ainda que possamos duvidar de algumas afirmações feitas por Schopenhauer sobre a sexualidade, o seu modo de tratar da problemática foi profundamente inovador, fazendo dela um dos pilares essenciais de sua filosofia. Segundo o filósofo, a sexualidade, mais especificamente, o sexo é aquilo que ocupa constantemente nossas vidas, é identificado como um segredo público que na maioria das vezes não é mencionado, mas é entendido sempre como o principal. Schopenhauer pergunta pelas razões de tanto barulho. Segundo sua própria concepção filosófica, a sexualidade se encontra no mais íntimo de nosso ser, na qualidade de instinto, constituindo a manifestação direta e potente da vontade de viver no nosso próprio corpo. Os genitais possuem uma relação direta com a vontade, eles constituem o verdadeiro foco da vontade; consequentemente são o pólo oposto do cérebro, este representante do conhecimento. O pensador de Danzig fala da vontade de viver como sendo livre e toda poderosa e, absolutamente, tudo no mundo nada mais seria do que sua objetivação. Desta forma, se analisamos nosso corpo, podemos fazer isso a partir de duas perspectivas: primeiramente ele se apresenta a nós como representação, como um objeto entre objetos do nosso conhecimento; mas, por outro lado, manifesta-se como objetivação da vontade, como instinto sexual, onde os propósitos conscientes mostram-se irrelevantes. São estas as questões principais que tentaremos desenvolver no nosso trabalho.
Descrição:
Gomes, V. P. Sexualidade em Schopenhauer. 2011. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.